tag:blogger.com,1999:blog-44342855986758347102024-03-13T12:40:35.712-03:00Eu nunca vi uma estrela cadente...Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.comBlogger38125tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-67309605930219835422013-06-25T15:52:00.002-03:002013-06-25T15:53:21.805-03:00Cartas de Gaveta - Volume 2São Paulo, 16 de março de 2003.<br />
<br />
E mesmo depois que você se foi, ainda que tivesse demorado tanto, desocupou meu coração. Fiz vigília por tanto tempo, esperando que você se fosse...um dia não estava mais lá. Simples. Silencioso. Como quando partiu naquele dia amargo.<br />
Deixou no vazio do quarto escuro somente uma caixa preta, a porta trancada do lado de fora.<br />
Depois que você se foi havia uma caixa, que nunca abri.<br />
Um dia, como se vivesse, ela se abriu. Sozinha.<br />
Saíram palavras que se arrastavam pelas paredes, formando perguntas tortas, algumas saladas de letras. Coisas que nunca vou saber. Será que chegou a acreditar na nossa eternidade? Houveram noites depois do fim em que se pegou pensando no cheiro dos meus cabelos? No som da minha risada escandalosa? Qual a importância eu causei da tua estrada?<br />
As palavras foram se espremendo na parede que não era mais vazia, formando perguntas órfãs sem espaço para respostas.<br />
Quantas cores tinham meus olhos?<br />
Tranquei a porta e não preciso mais vigiá-la. Deixo a chave debaixo do tapete no caso de você resolver voltar. Talvez possa pintar as paredes de branco.<br />
<br />
<br />Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-490264826156492312013-06-15T03:20:00.001-03:002013-06-15T03:20:23.485-03:00O curioso caso da pilha AAA<div class="MsoNormal">
Sabe quando alguém te diz: sempre há uma solução para tudo
na vida? Pois é, sempre achei isso uma baboseira sem tamanho. Quer dizer, quem
nunca esteve em uma posição sem saída que realmente era sem saída? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ok, “a vida ensina”, “tudo tem sua hora”, “o impossível é
questão de prefixo”. Quantos clichês fazem seu dia?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pois é, estava eu em uma noite agradável com: vinho, 5<sup>a</sup>
temporada de Friends, sexta-feira inteirinha pra mim. Poderia ser mais uma noite tranquila no
Reino Encantado (minhas amigas entenderão), só que não. Eis que eu resolvi,
depois de um pouco mais de meia garrafa de Cabernet Sauvignon, procurar uma
pilha. Pois é, uma pilha. Eu queria ver meu amado DVD “Where the Light is” do
John Mayer. Veja bem o nome do DVD que eu encarnei.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Voltando à pilha. Pois é, eu precisava de duas pilhas AAA.
Eu tinha uma só (obrigado moço da NET que levou meus dois controles e minhas 4
pilhas junto com eles). Eu amo o John mas, convenhamos, não amo todas as faixas do DVD.
Daí eu queria mudar para as minhas favoritas né. E não podia porque o único controle com pilha palito era
do bendito DVD. Fui à caça do objeto que atenderia meu desejo. </div>
<div class="MsoNormal">
Depois de achar um caderno antigo com anotações do intercâmbio de 2003, meu cachorro de pelúcia Liam Jackson sumido há uma
década– uma homenagem singela a dois ídolos da adolescência, Liam Gallagher e
Joshua Jackson –, minha lembrança da 1a eucaristia, minha bola 8 mágica, meu
dálmata da Disney (sem o nariz porque a Suri comeu parte dele), enfim: não
tinha pilha. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Então eu, entorpecida pelo Gato Negro e completamente certa
de que não existia uma pilha palito na minha casa, estava simplesmente fazendo
um “cata” como diz minha mãe. Jogando fora o lixo guardado em gaveta, queimando
foto de quem não tem mais espaço no meu faqueiro (um dia conto essa história),
ouvindo as músicas do John que eu nem gosto muito mas, vamos lá, sempre é legal.
Eis que eu tinha desencanado. Porque as vezes, a gente desiste um pouco mesmo.
Ou quer muito desistir, mesmo não acreditando que termine daquele jeito. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Daí eu vi uma chave bizarra junto com um daqueles anéis neon que você ganha em formatura. Pensei: lixo. E o que tinha dentro desse pequeno pote meus
amigos? UMA PILHA PALITO. Não, eu não inventei essa história. Por mais que eu
adore finais felizes, confesso que ultimamente tenho desacreditado um pouco dos
clichês. E não é que os danados me perseguem?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pois eu, completamente incrédula, coloquei a pilha no
controle e ele funcionou. E eu dei uma gargalhada gostosa, saí rodopiando pela
sala, voltando a acreditar no mistério da vida. E se você do outro lado está
pensando “que idiota ficar feliz por uma pilha”, acredite: o dia em que você
precisar muito de uma coisa tão trivial e misteriosamente essa coisa aparecer,
volta aqui e lê esse texto de novo.<o:p></o:p></div>
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MORAL DA HISTÓRIA: não pare de procurar, ser curioso é bom,
jogue fora o que não faz sentido na vida, descubra velhas coisas que despertem
novos sentimentos. E sempre compre pilhas extras porque, vai que.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br /></div>
Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-41406007067083671552013-05-22T18:28:00.000-03:002013-05-22T18:28:02.805-03:00Pílulas Escritas<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">“</span><span class="quote" style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-weight: bold; line-height: 19px; margin-top: 0px; outline: none 0px;">Que acabe o que precisa acabar.<br style="display: inline; margin-top: 0px; outline: none 0px;" />Que morra o que precisa morrer.<br style="outline: none 0px;" />Que continue o que merece continuar.<br style="outline: none 0px;" />Que viva o que insiste em viver.<br style="display: inline; margin-bottom: 0px; outline: none 0px;" />Amém.</span><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">”</span><br />
<table class="quote_source_table" style="background-color: white; border-collapse: collapse; border: 0px; color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: -5px; margin-top: 10px; outline: none 0px; width: 500px;"><tbody style="margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; outline: none 0px;">
<tr style="margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; outline: none 0px;"><td class="quote_source_mdash" style="border-width: 0px; margin-top: 0px; outline: none 0px; padding: 0px 10px 0px 20px; width: 1px;" valign="top">—</td><td class="quote_source" style="border-width: 0px; margin-bottom: 0px; max-width: 450px; outline: none 0px; overflow: hidden; padding: 0px;" valign="top">Talita Prates<br /><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://media-cache-ec3.pinimg.com/236x/6a/94/49/6a944919cdd90d8f5ebf158ed7c7373b.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://media-cache-ec3.pinimg.com/236x/6a/94/49/6a944919cdd90d8f5ebf158ed7c7373b.jpg" width="228" /></a></div>
Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-1750653506056588742013-05-22T14:48:00.002-03:002013-05-22T18:30:32.308-03:00Assim como as estações, as mudanças são inevitáveis.<br />
<br />
Até encontrar o sentido é preciso trilhar, independente do resultado.<br />
<br />
O blog muda de nome, mas não muda o conteúdo.<br />
<br />
Se uma cadeira deixa de se chamar cadeira, ela deixa de ser uma cadeira?<br />
<br />
Se você não vê fisicamente uma coisa mas acredita, ela deixa de existir?<br />
<br />
Assim como as estrelas cadentes, esse blog pra mim é uma possibilidade. De desejos, sonhos e idéias que insistem em sapatear na minha cabeça.<br />
<br />
Por essas e outras, o espetáculo da vida continua....<br />
<br />
;)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://25.media.tumblr.com/dbe4d14634490a086eb93e014b18491a/tumblr_miy4oaV4fs1qzr04eo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://25.media.tumblr.com/dbe4d14634490a086eb93e014b18491a/tumblr_miy4oaV4fs1qzr04eo1_500.jpg" width="320" /></a></div>
Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-65353861444352480322013-05-11T04:05:00.000-03:002013-05-11T04:05:25.968-03:00Cartas de gaveta - Volume 1
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<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: Cambria; font-size: 14pt; line-height: 15.75pt;">Meu quarto, 04 de Julho de 1995</span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: Cambria; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: Cambria; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Lembra o que eu te disse sobre idealizações, orgulho e coisas que
só existem na nossa cabeça?<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: Cambria; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Então, quero te contar uma história. É sobre duas pessoas que
são incrivelmente parecidas em quase todos os aspectos. É sobre dois amigos que
vivem no cabo de guerra, se alfinetando, se provocando e ao mesmo tempo se
incentivando, compartilhando. Uma história sobre duas pessoas que lutam para
não acreditarem que no fundo existe um desejo, uma curiosidade, uma vontade de
cruzar a linha e vencer o cabo de guerra: os dois vencem. Essa história é sobre
eu e você. <o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: Cambria; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Seguimos caminhos separados e paralelos. Idealizamos as pessoas
que no fundo, sabemos que não são pra gente. E talvez tenhamos medo do que a
gente mais quer na vida. Somos orgulhosos porém acreditamos no amor. Na
entrega, no companheirismo, na amizade, no desejo, no tesão. Temos sintonia,
nos entendemos no olhar e somos mal-humorados. E adequadamente maldosos com os
outros (já te falei para parar de me olhar daquele jeito).<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: Cambria; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">O problema dos cabos de guerra é que alguém precisa ceder e ”perder”.
E eu sinto que cheguei num ponto em que não quero ganhar de você, mas quero
ganhar você, de presente, pra mim. Inteiro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: Cambria; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Creio que existem duas vontades, mas preciso que você dê esse
passo e me diga que não estou louca. E aí eu largo o meu lado do cabo e corro para
o abraço (o seu).<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: Cambria; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Isso tudo faz sentido ou fiquei louca de vez?<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: Cambria; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Se estiver errada, significa que queremos coisas diferentes. Não
só da vida, mas um do outro. E eu prefiro deixar a guerra inteira a competir
por uma metade amputada. Eu sempre vou amar você. Foi importante pra mim,
chegou em hora importante e por um tempo saiu da minha vida mas nunca do meu
coração. E quando você voltou, tinha um lugar muito mais bonito que é só seu.
Independente do que acontecer, carinho assim não acaba de uma hora pra outra.
Fica a lembrança, o sorriso largo no rosto quando lembrar de você. E sigo em
frente, feliz por não ter sido covarde com o que pulsa aqui dentro. Porque
sempre haverão outras pessoas, outros amores e outras possibilidades e sei que
seremos felizes apesar de nós. Mas eu espero que a gente seja feliz por causa
de nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.75pt; margin-bottom: 16.2pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: Cambria; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Te pergunto: Fica comigo?<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Cambria; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "MS 明朝"; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">PS: Você pensa demais.</span><!--EndFragment--><br />Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-78211929617560712972012-05-14T17:16:00.000-03:002012-05-14T17:16:18.756-03:00Conversa-fantasma- Oi.<br />
- Oi.<br />
- Achei que não fosse mais te ver.<br />
- Eu fiz o possível pra que isso não acontecesse.<br />
- Ah.<br />
- Mas agora tudo bem, já passou.<br />
- Hum.<br />
- Tá tudo bem.<br />
- Você não sente mais minha falta?<br />
- Acho que sim. Ás vezes sinto muita. Da voz, de falar que te amava no final de cada ligação.
Sinto tantas faltas. De ser abraçada e me sentir protegida. Sinto falta de um cheiro familiar, os olhos fechados, a pele morna. De estar em um momento que dura pra sempre. De projetar o melhor de mim em você.<br />
- Mas e de mim, não?<br />
- Sinto falta do que eu era quando estava com você. Do sentimento de completude, eu sentia que tinha tudo que precisava.<br />
- Hum.<br />
- É, acho que não sinto mais sua falta. Sinto falta de mim.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://25.media.tumblr.com/tumblr_m3vu5k47wS1qz4d4bo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="350" src="http://25.media.tumblr.com/tumblr_m3vu5k47wS1qz4d4bo1_500.jpg" width="500" /></a></div>Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-33483839918547668562011-11-28T13:31:00.002-02:002011-11-28T13:31:33.856-02:00A espera do Ir-remediável"Pensar é ainda fuga: aprender subjetivamente a realidade de maneira a não assustar. Entrar nela significa viver." Caio F. <br />
Meu avô se chama Carlos. Foi o melhor professor que tive na vida. Provavelmente o homem mais educado que eu conheci. A vida dele se resumiu em ensinar. Meu avô tem Mal de Parkinson. E vive com medo de morrer.<br />
Durante toda a vida, nunca tive grandes problemas com a morte. Creio que em parte isso aconteceu porque mesmo não tendo dimensão próxima e exata, eu era rodeada por ela. Morte todos os dias no jornal, na tevê, no mundo todo. E de repente a iminência da morte do meu avô me deixou preocupada. Quando se vive esperando a tal criatura vestida de preto carregando uma foice, o terror toma conta de cada célula do corpo. A morte dá medo em quem vive, e só.<br />
Quando ela vem lenta e sorrateira, o impacto é ainda pior. A deterioração do corpo ao longo da vida é até aceitável. A deterioração da mente é mais dolorosa, irracional. Porque a morte é falta de vida; mas a falta de memória também é. Não só a incapacidade de se fazer algo para evitar um destino fatal, mas o desespero de não conseguir acessar informações que estão ali, em algum lugar do seu cérebro. Como por exemplo, procurar um bilhete em 78 anos de papéis que se espalham nas gavetas da memória. Primeiro faltam as lembranças, depois as palavras. E lentamente vão faltando motivos para que haja comunicação com o mundo externo, e a espera pela morte se torna solitária e (se isso for possível) mais triste.<br />
Não saberia viver sem minhas lembranças. Sem minhas palavras. Sem minha inspiração fujona que se esconde, mas sempre volta para trazer boas noticias. Não sei como viver num mundo sem meu avô. E muito menos saberia como viver no mundo tão misterioso e solitário daquele homem de cabelos brancos que passou a vida inteira ensinando e que hoje tem que aprender tudo de novo.<br />
Caio Fernando Abreu chamou de “irremediável” algo melancólico e sem saída e de "ir-remediável" um trajeto que pode ser consertado. Será que é possível aprendermos a ver a morte sob esse aspecto? Com certeza alguém já ouviu a mãe ou a tia dizer que falar sobre esse assunto “chama” a coisa ruim. Talvez sejam lendas como essa que transformam a morte em assunto desagradável. Ninguém quer pensar que um dia não existirá mais como matéria no universo. Mas é por saber que pessoas como meu avô pensam nisso todos os dias que penso no quanto fechamos os olhos para a dor da espera.<br />
Apesar de terem um fim inevitável, as doenças degenerativas têm um aspecto angustiante muito forte. Temos em nosso consciente que o tempo é irreversível, mas nada consta ali sobre a possibilidade de que uma enfermidade nos faz regredir, em uma verdadeira máquina do tempo reversa. Necessitar de cuidados de bebês com corpo de adulto. Os sintomas que acabam sendo causados por remédios, feitos para frear a evolução da doença, são como recuar do abismo da morte, em direção a um buraco um pouco mais raso, porém escuro.<br />
Acompanhar o sofrimento daqueles que amamos, não é uma tarefa fácil. A sensação de incapacidade pode ser paralisadora, aterrorizante. Há aí uma confusão entre ter pena e ter piedade. Ninguém deseja ser alvo de pena de alguém. É o exercício de empatia que enriquece o ser humano, o colocar-se no lugar do outro, com a humildade do doente. Um ato que devíamos transformar em hábito.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-81056165496708809962011-11-10T20:58:00.001-02:002011-11-10T23:31:20.129-02:00O velório do que já foi“Esperar um pouco menos, amar um pouco mais”. Quando li essa frase, muitas cores povoaram meu pensamento. Arthur Shopenhauer dizia que toda ausência gera um desejo. Dessa forma, sempre que atingimos um objetivo criamos um novo, pois a falta dele nos é insuportável. Onde começa o desejo e onde termina a satisfação?<br />
O tema trouxe a necessidade de pensar nesse valor: o da ausência. Sempre sentimos falta de alguma coisa. Na mitologia grega, a mãe de Eros era a Penúria. Qual o sentido disso? Eros é a personificação do desejo e sua mãe, da falta de. Portanto a falta gera o desejo. Shopenhauer devia gostar de mitologia.<br />
Sentimos em nós lacunas que uma vez foram preenchidas. Nostalgias. Espaços que foram ocupados e jazem sem dono, inférteis. Os estóicos sugeriram que devêssemos viver de forma que não fôssemos escravizados pela paixão. Que deveria se esperar menos, amar mais. Viver de acordo como a Natureza nos impõe, ou no português claro, o destino. Se desejarmos sempre aquilo que não temos, viveremos sempre num estado de infelicidade. Nesse caso, a paixão é infeliz. <br />
Não sei até que ponto essa filosofia se aplica realmente. Digo na vida real, aquela vivida a cada minuto, inclusive este. Há em nós esses vazios que não se completam, mas que nos impulsionam a arder a chama, a realizar um desejo. Mesmo que seja um fogo temporário. <br />
O ciclo vital nos empurra, invariavelmente, para frente. Nós é que insistimos em voltar nosso rosto e por vezes nosso coração para o que já passou. Estradas que ficam impressas nos pneus da memória. <br />
A paixão não necessariamente escraviza. Ela é a expressão mais ardente de um desejo que não cabe dentro de um corpo, que precisa ser externa, aguda, gritante. Não existe sabedoria no desejo. Entendo o desejo como entendo o vazio. São lados de uma mesma moeda girando, girando, girando. <br />
Não me conformo com a vida acontecendo dentro do círculo dos 99, onde a infelicidade da ausência da última moeda faz o menestrel esquecer as 99 que já tem. Se nos permitirmos entrar nesse ciclo, como o próprio nome já diz, não há evolução. E se tem uma coisa que tira do sério quem tem urgência em ser feliz, é vocação pra cavar buraco em volta dos próprios pés.<br />
Cada um vai achar uma saída, uma resposta. Alguns acharão em Deus, outros acharão em uma relação, no Universo, no desconhecido, tanto faz. Transcender não tem receita, não tem atalho, muito menos definição. Você pode chafurdar na lama, correr até sentir que suas pernas sumiram, rodar até o mundo parecer um borrão. O que vai importar é como você vai reagir quando a chuva molhar seu rosto e encharcar sua alma. É ser capaz de receber o gosto, o cheiro e a sensação da água sobre a pele. E se tudo isso te fizer pensar que há uma comunhão entre você e o resto do mundo, por alguns segundos todos aqueles espaços e todas aquelas saudades são preenchidas por versões de você, que têm que coexistir num mesmo corpo, que anseia por novas maneiras de ser.<br />
O desejo, a ausência. “Elle ne savait pas que l'Enfer, c'est l'absence”. Ela não sabia que o inferno é a ausência. I can’t get no satisfaction. Nós sempre vamos querer mais. Verlaine, Shopenhauer, Mick Jagger, e até Buda tinha questionamentos sobre o tema. Se a resposta não existir afinal, pelo menos teremos algo a buscar e, afinal, era esse o ponto principal desde o começo.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-82298559531930270572011-09-11T16:24:00.000-03:002011-09-11T16:24:31.063-03:00As coisas que a gente não diz<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-ffKpjOlKVA0/TVWrZnmQszI/AAAAAAAABdM/6gxKWJqVNoc/s1600/boca_riri.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="267" width="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-ffKpjOlKVA0/TVWrZnmQszI/AAAAAAAABdM/6gxKWJqVNoc/s1600/boca_riri.jpg" /></a></div><br />
<br />
As pessoas não são depósitos de palavras. Só porque você diz algo, não significa que aquilo é absoluto, muitas verdades também ficam velhas e têm validade.<br />
<br />
O tempo nem sempre é o melhor remédio. Ele deixa sentimentos empoeirados, amizades desbotadas e sonhos mofados.<br />
<br />
A gente sempre espera ser correspondido, mesmo dizendo que ama sem garantias.<br />
<br />
Amigos são a família que a gente escolhe. O que ninguém te fala é que amor incondicional que você tem as vezes de pai, mãe ou avô é raro e as vezes a família que voce escolhe tem condições.<br />
<br />
O que hoje é uma regra, amanhã se torna uma característica.<br />
<br />
Existem pessoas eternas. São as que desapareceram da sua vista, mas não do seu pensamento.<br />
<br />
Se para cada escolha há uma renúncia, para cada atitude há uma retaliação.<br />
<br />
Você experimenta a felicidade em momentos, não em pessoas.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-41759991470649690722010-12-12T17:26:00.001-02:002010-12-12T17:30:45.303-02:00Estiagem<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_KVf0TKnBKQE/SifztgqNrHI/AAAAAAAADPw/MEi8rhOYd9Q/s1600/deserto.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 240px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_KVf0TKnBKQE/SifztgqNrHI/AAAAAAAADPw/MEi8rhOYd9Q/s1600/deserto.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />Há épocas em que a gente não se encaixa muito bem no mundo. Dias em que não há sorvete, festa ou programa que tire a sensação de que algumas coisas precisam ser consertadas, outras curadas e porque não algumas jogadas fora. Eu chamo de tempo de estiagem, porque não há nada que cresça, nada que floresça, nada que maravilhe. É um tempo gasto com a bagagem que possuímos e as expectativas, um tempo que nem sempre queremos dividir com o mundo. Algo que na minha visão é um tanto quanto raro em tempos onde a vida é tão exposta. Há o Orkut, o Facebook, o MSN, o BBM. No tempo de estiagem não queremos ser alcançados, queremos ser compreendidos. A compreensão da distância é mais difícil. De alguma forma não há lugar onde se sinta confortável, porque não estamos confortáveis. E não há remédios, bulas ou receitas.<br />É também um tempo onde aqueles que realmente gostam e se importam com você vão estar ao seu lado em silêncio, mesmo que você recuse todos os convites para a balada do ano. Na estiagem só sobrevive o que é forte, o que luta pra estar ali. <br />Li hoje uma reportagem sobre como se tornou fácil saber aonde as pessoas vão, com quem elas vão, se elas estão assim ou assado, qual é o último bafo. Estiagem não combina com redes sociais, nem telefone, nem salto alto.<br />Talvez seja uma solidão necessária, uma chance pra pegar alguns pedacinhos que se soltaram e que não tem como varrer pra debaixo do tapete. Cada vez mais aprendo a respeitar o tempo de cada um mas, principalmente, o meu. <br />E sim, as pessoas que te amam e que você ama são importantes nesse momento. Mas de um jeito diferente, sem que se necessite saber todas as letras do que se passa. Mesmo porque nessas horas provavelmente serão as vírgulas que estarão contando. <br />E então quando menos se esperar, a terra estará pronta pra receber a chuva e respirar, para então receber as flores que, inevitavelmente, virão.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-79868593333312624932010-11-08T12:22:00.002-02:002010-11-08T12:32:09.933-02:00A cartaEra uma dessas tardes de fim de inverno, exceto pelo fato de que nem parecia inverno. Olhou pela janela enquanto o sol aquecia sua pele. Respirou, mas o ar era seco demais. E precisando de umidade, seus olhos degringolaram em gotas emergenciais.<br />Tocou o interfone: “O correio deixou algo pra senhora, dona Alice”. Desceu pelo elevador intrigada, carregando um coração cheio de dúvidas. Estava há dias esperando pra falar o que sentia, mas algo sempre se imprimia em seus lábios: I feel, Yo siento. Nunca no seu idioma, não, aquilo já seria óbvio demais; tinha essa mania de negar pra si em uma língua diferente, como se houvesse uma estrangeira dentro daquele coração. Uma hermana que tinha um ponto de interrogação bem no meio da garganta. Uma entrega especial, urgente. Era uma caixa pequena e branca.<br />Dentro da caixa havia apenas um espelho e uma carta. Alice de olhos degringolantes, com dificuldade, começou a ler:<br />“Pois é, pasme. Resolvi soltar meu verbo. Em português. Há dias tenho convivido com esse corpo estranho que você chama dúvida. O coração não vem com manual de instruções menina; a paixão muito menos. Como uma criança, ela é toda sentir. Ela chora, ela sente dor e não sabe o que é. E ela precisa de pele, de empatia. Pra crescer e virar alguém melhor, alguém que você pode contar e confiar.<br />Eu não sei viver com migalhas de amor, não sou passarinho, ouviu bem? Eu sou João e Maria, gulosos atrás da casa feita de doces, mesmo que pra isso, tenha que enfrentar uma bruxa malvada. <br />Não existe compreensão na paixão, Alice. É uma noite de libertinagem, de querer, é o egoísmo na sua forma mais irracional. Você quer pra si, só pra si. Paixão a gente não divide, criança. Sem essa de duas pessoas. Ela pode até acontecer entre dois corpos, mas a celebração é num único ser.<br />Amor é diferente? Sei lá, Clarice achava que “poucos querem o amor, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais”. Eu adoro a Clarice, mas não concordo. Amor é outra coisa. Amor é de cada um, mas é inteiro entende? A cola é a paixão.<br />Tá bom, entendi. Por que eu não te falei antes? Sei lá. Talvez eu precisasse de uma coisa só minha. Meu segredo é esse, eu preciso de uma coisa que seja só do meu conhecimento sabe? Porque apaixonada, a gente fica cristalina demais. Too clear my dear.<br />Olha, não chora assim. Eu só quero ajudar, porque eu sofro também nessa história. Alice, é assim: a paixão vem como uma onda gigante. Depende de você surfar e curtir o passeio. Sempre há a possibilidade de você cair, como você também leva um caldo se perder o controle na hora de subir. Mas a forma de encarar a onda depende de você. <br />Minha experiência como surfista diz que se a gente souber aproveitar a onda, dá até pra chegar na praia suavemente. Isso eu chamo de amor. O que não impede você de pegar uns jacarés de vez em quando, em dupla.<br />Sei que a razão fica no seu pé. Isso é barra, nem imagino o que você está passando com essa história de tradução simultânea. Eu tenho meu idioma natural, que é às vezes (como você já percebeu), muito desbocado. Peço desculpas pelo “vômito”. Mas como você bem sabe, a conselho de Caio F. a gente deve moldar essa gosma, pra ver o que sai dela. Me agradaria muito um girassol. Ou lírios, adoraria ver lírios teus.<br />Acho que eu vou me despedir, você ainda tem muita coisa pra discutir com a parte de lá. Diga a minha querida “razón” que mandei um beijo. A gente nunca se encontra mas uma não vive sem a outra.<br />Fique bem, feliz, sempre.<br />Sempre seu,<br />Coração<br />PS: Você precisa se exercitar.”<br /><br />Alice pegou o espelho; entrou fundo naqueles olhos úmidos e vermelhos. Era um dia muito quente e nem parecia mas ainda era inverno. Pegou sua prancha e foi de encontro ao mar. Lá fora, setembro se anunciava, a primavera estava chegando.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-47888370105601729412010-10-08T17:11:00.003-03:002010-12-12T17:56:42.775-02:00Nosso descompasso de cada melodia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/TK9-gXfVvjI/AAAAAAAAAEg/9xr_H5XoR2s/s1600/imagem.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 145px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/TK9-gXfVvjI/AAAAAAAAAEg/9xr_H5XoR2s/s200/imagem.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5525774362333265458" /></a><br />
<br />
<br />
Fico pensando em maneiras de começar a dizer sobre tudo aquilo que me ocupa o estômago, sobe pela garganta queimando e desagua nos meus olhos. Eu sou toda incerta, sou cheia de defeitos. E descobri que eles vêm a tona nos meus dias mais intensos, mais cheios de sentimento. <br />
Esgotei minha paciência, as paredes do meu quarto ficaram apertadas demais. Eu não sei sentir pela metade. Eu sou do tipo que vai até o fundo do poço. Mas sempre espero que você jogue a corda pra me puxar. <br />
Me desculpa, eu sou explosão. Lembrei porque o vulcão entra em extinção. Causa estrago demais, demora pra se reconstruir tudo. Quando eu amo sou assim, vulcânica.<br />
Tenho gênio difícil, personalidade de uma genética italiana. Meu sangue não corre, ele borbulha. Você pode me explicar seu amor durante horas: eu levei segundos pra saber que você não quer dizer tudo aquilo que ensaiou. <br />
Amei demais e não fui amada. Já amei e fui amada. Nem sempre no mesmo tom. Mas é assim que surgem as melodias, nos descompassos da tentativa de se atingir harmonia.<br />
Quero ser mimada, quero ser provada. Me desafie a ser melhor; eu te desafio a me conquistar.<br />
Dou com a cara na parede porque me entrego a esse coração vagabundo e crio fantasias. E meus reinos sempre são mais limpos do que as cidades de verdade. Te peço então: entra no conto de fada comigo, constrói um portal pra gente voltar pra realidade. Mas não rasga meu desenho com sua chatice de gente que vive de cabresto.<br />
Não gosto de gente sem atitude. Ir com a maré é até bom, contanto que sua vida não esteja pautada nisso. <br />
Eu quero ser sempre melhor pra quem eu amo e espero o mesmo pra mim. Já passei um tempo vivendo da dieta do amor: pequenas doses esparsas de atenção. Abandonei o Vigilantes das Migalhas e virei obesa crônica - gulosa.<br />
É, eu posso ser uma mente complicada demais pra você. Mas acredite, não passo de um conto de Guimarães Rosa. Uma vez que você traduzir minha linguagem, fica lindo de ler.<br />
Então é isso: traz tuas notas soltas pra gente fazer um refrão. Bem bonito.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-83974006504692954162010-09-23T19:36:00.006-03:002010-09-25T15:46:39.700-03:00Para Olívia,Paris, 25 de setembro de 2004<br /><br />Sabe o que eu estava pensando esses dias? Que talvez, só talvez mesmo, no fundo, queremos que todos nos entendam! Imagine o mundo tendo empatia por você! Eu ja imaginei, é até difícil, mas fiz um quadro bem bonito em minha mente. As coisas seriam mais fáceis, afinal todos iriam te entender: Um mundo sem problemas. Pois talvez esteja aí o inicio de todas as crises que temos: para outros, não são um problema, porque ninguém te entende.<br />Pois bem, nesse tal mundo "empático", esses problemas já não existiriam. Imagine: <br /><br />- Querido, desculpa, te trai!<br />- Ah, jura?<br />- Juro! Eu estava me sentindo sozinha, foi um impulso! <br />- Tudo bem, eu te entendo!<br /><br /><br /><br />Agora te pergunto, deveria soar patético? <br /><br />Outro ponto a ser questionado: quão profundo é o seu conhecimento de você mesmo? Porque procuramos ajuda em outros: amigos, pais, psicanalistas? Será que o fato de alguém não nos compreender é tão grave? O pesar pela não compreensão de um amigo frente a seus problemas pesaria tanto quanto o pesar da não compreensão do seu namorado? <br /><br />A resposta é obvia : NÃO!!! Porque? Expectativas.<br />A compreensão daquele que amamos, que queremos dividir tudo, sempre parecerá a mais necessária.<br /> <br />Creio que nem todos são como nós!! Acredito sim que todo mundo de certa forma busca encontrar aquele amor, viver o amor, acreditar sem medo no "felizes para sempre!" <br /><br />Quando crianças vimos em contos os felizes para sempre acontecer ao lado do príncipe encantado. Quem é esse ser? <br />O príncipe Felipe (eu adoro o principe Felipe, é o moço da cinderela). É o cumulo da perfeição, não tem nem muito o que falar. Devoção à felicidade de sua amada: 100%.<br /><br />A Fera, adoro a Fera! O príncipe salvo pelo amor!!! A pureza !!! <br /><br />Até me cansa de pensar.<br /><br />Voltando e deixando a Disney um pouco de lado:<br /><br />Há quem não se preocupa com o amor ideal. Há quem ache suficiente ter alguém ao seu lado para testemunhar a vida, para dizer que amamos. Alguém para idealizar, para não ficar só. Confesso que ás vezes penso se essas pessoas não seriam as mais felizes.<br /><br />Mas.... nós não!!! Nós não queremos o sufiente para nos sentir confortáveis!! Nós queremos o limite da paixão, queremos o amor ideal, queremos ser amados como acreditamos! Ja imaginou amar uma pessoa e nunca chorar por esse amor? Eu não!! Sério, não mesmo. <br /><br />Ja me perguntei várias vezes se um dia não iremos mais questionar, se um dia olharemos no espelho e falaremos, "É isso, sou 100% feliz!" <br /><br />Viveremos o nosso amor idealizado? Mas como alcançá-lo se ele mesmo, por si só, é efêmero? <br /><br />Por que na listas de tarefas dessa vida até o feliz para sempre acontecer temos o principe em primeiro lugar?<br /><br />Ja pensei muito sobre isso, pensei e digo que devemos trabalhar o nosso eu! Que temos que estar em paz com nós mesmos, que a vida e nossa felicidade não está na posse de um outro alguém. Falo isso pq acho uma sacanagem a nossa dignissima paz e felicidade depender do grau de amor e compreensão de uma outra pessoa!! Mas as coisas não são assim.<br /><br /><br />E quer saber: qual o problema em querer ser feliz com um amor por completo? Não vejo mal nisso, mesmo pq quem vai sofrer no caminho somos nós mesmos.<br /><br />Outro ponto: o amor ideal!<br /><br />O nome ja diz tudo. Seria o nosso ideal utópico??? Grandes chances, minha querida. <br /><br />Olívia,queria neste momento te dar a receita para suas aflições. Curar suas angustias. Mas não há cura! Acredito que nem eu, nem ninguem possa te oferecer isso!<br /><br />Posso no maximo tentar, simploriamente, amenizar seus sentimentos barrocos que tomam conta desse seu corpo e mente.<br /><br />Você o ama!!! Você o quer!!! Não há mal nisso!!! Tá bom??<br /><br />Você o quer só para você. Eu sei, mas vamos lá: você não pode ter!!! Sempre terá os amigos, o trabalho, a familia, o cachorro, o video game...<br /><br />Amanhã pode ser só o trabalho, depois só a família.... mas nunca será só você. <br /><br />E nem deve. Não agora!<br /><br />Você é dele, eu digo, unicamente dele? Não! Você tem o que muitos buscam na vida: a certeza de amar alguém.<br />Amar tão profundamente que temos medo de perder. Que vemos todos os obstáculos reais e irreais. Talvez é uma forma de proteção, porque caso acabe, temos desculpas para o fracasso!<br /><br />Não há fracassos. Há erros que podemos cometer, mas não faça tudo ser mais dificíl do que ja é. Não é facil estar apaixonada, junto vem o medo de ter sido em vão, de ter sido uma ilusão. <br /><br />Não faça de um acontecimento corriqueiro, de um pequeno deslize, uma carta do destino, um sinal do apocalipse!<br /><br />Não transforme o que você está vivendo agora em um pesadelo, pelo simples medo de tudo não ser como o sonhado por sua pessoa.<br /><br />Ele nunca vai te entender por completo, você nunca o entenderá por completo. <br /><br />Você viveu um amor ideal por um tempo. Vocês lutaram contra as barreiras. No começo é assim não é? Tem que ser! Nunca mais terá o que teve no começo? Não digo isso.<br />Você me disse que:<br /><br />"Voce, mais do que qualquer um sabe o quanto dói abrir mão de alguém que é nosso sonho e nosso pesadelo."<br /><br />É eu sei. Quando eu conheci o Luca, ja o idealizei. Me apaixonei. Não importa as diferenças que existem no meu caso para o seu caso! O fato é que eu sabia que o amava!! Eu queria ele só para mim, e no meu mundo, eu o tive. Eu me senti amado. Mais do que amar alguem, se sentir amado é algo, não acha? <br /><br />Percebi que ele não era so meu! E nao digo so pelas mulheres que ele teve. Questionei ele, o mundo, eu mesmo. Não era mais como era no começo, mas acontecia de novo e eu sentia como antes. Por cinco anos percebi que a intensidade não é constante, que as coisas não são como a gente quer. Ele não entendia o porque de depois de um tempo, as eventuais namoradas me incomodavam, o porque eu entrava em crise. Isso doía. Mas eu o amava e disso eu sabia e ele também. No final das contas, não era pelo fato das coisas não estarem como deviam estar, era pelo medo de perder aquela pessoa que me fez sentir amado, aquele que me olha, que diz "eu te amo" e eu acredito, mesmo que ás vezes não compreendenda.<br /><br />Questione sempre uma coisa Olívia: Você o ama? Sente que ele te ama? <br /><br />Você sabe o porque eu nao estou mais com o Luca? Porque eu sei, que cedo ou tarde, vai acabar. Perdi a pureza de acreditar, de sonhar com o feliz para sempre com ele!!<br /><br />Você não.E se tudo der certo no final, nunca teremos um fim, entende? O sofrimento faz de certa forma parecer verdadeiro.<br /><br />Mais do que nunca, agora seu amor esta em uma fase em que o relacionamento em si não é a única prioridade dele. Ele está construindo a vida dele.<br /><br /> Não o prive de errar por si próprio, não carregue em suas costas o peso das escolhas dele!<br /><br />Ame-o, respeite o espaço dele, se é disso que ele precisa agora. Não chegamos a alguém com um manual.<br /><br />Se sinta amada, busque isso. O que você sente quando esta com ele? Vivendo!<br /><br /> Sonhe com finais de semana ideais, mas não faça de seu sonho um empecilho para ver o que há de bom na realidade.<br /><br />Cada vez mais tenho certeza de que não existe um amor pronto. Existe uma pessoa que amamos e é sempre difícil falar o porque. O amor em si, vai sendo construído e fazemos de cada passo, certo ou errado, justificativas para este amor que antes não conseguimos explicar. Não deixe seu sonho virar seu pesadelo, não cometa o mesmo erro que eu. Não viva na saudade desse seu amor e nem na utopia dele mesmo. <br /><br />Viva, do jeito que é agora!<br /><br />No meio de tudo isso, saiba sempre que eu estou aqui! Em Paris as noites são sempre um convite ao inesperado, neste momento eu aceito somente uma leve brisa tocar meu rosto.<br />Fique bem, feliz.<br /><br />PS: Só para constar, eu ja tive meu principe, mas sei, que terei outro!!! Ou outros! Hahahaha<br /><br />Bisou bisou<br /><br />Guilherme<br /><br />-------------------------------------------------------------------------------------<br /><br />* Texto escrito pelo Pedro, meu amigo, minha pessoa, do blog Holscher-Beguelli. Eu só dei uma editada e achei muito bom e bem a cara dos meus textos.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-7242767465388544232010-09-21T21:12:00.002-03:002010-09-21T21:15:44.352-03:00A metade da laranja<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/TJlKmnjX2-I/AAAAAAAAAEY/b-p9FMo6wZc/s1600/como-encontrar-a-outra-metade.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 251px; height: 188px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/TJlKmnjX2-I/AAAAAAAAAEY/b-p9FMo6wZc/s320/como-encontrar-a-outra-metade.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519524845632084962" /></a><br />Quando freqüentamos o Ensino Fundamental, nossas cabecinhas se quebram para entender monstros, como frações. Pois vem desde essa época a dificuldade em dividir as coisas em partes. <br />Nós humanos, fazemos isso o tempo todo, rotulando pequenos pedaços com destino marcado. Procuramos nossa “metade”. Casamos para celebrar o amor e o fim da procura. Mas será que somos mesmo só meia parte de um todo?<br />Uma pessoa que é a favor do meio-ambiente, mas não separa seu lixo reciclável em casa, não pode ser “um quarto consciente ambientalmente”. Assim como ninguém fica “um oitavo grávida”. E absolutamente não existe quem fique “um pouco apaixonado(a)”.<br />Algumas coisas não podem ser fracionadas. Por exemplo, as pessoas. Ou então significaria que alguém “separado” não é mais inteiro. Casamento significa uma união, mas acima de tudo uma instituição romântica, que, quando dividida, muda de nome e de lado: fracionado, chama-se divórcio. E na maioria das vezes, um vilão digno de novela das oito. <br />Há teorias que dizem que casar faz bem à saúde, e outras, que o divórcio desencadeia doenças crônicas. <br />Casamento é contagioso: uma vez que você pega, não sai mais ileso. Você assina um termo no altar que implicitamente diz: você agora deve me amar. E as multas de quebra de contrato podem ser altíssimas. O que não fica combinado é que deve permanecer: respeito ao outro, à sua individualidade. Não somos metade de algo, esperando para sermos completados por alguém. <br />Somos porções inteiras de amor, expectativas, virtudes e defeitos, e que juntos com nosso parceiro podemos escrever ou não uma boa historia. As pessoas não se completam, elas se somam.<br />Não existe a metade da laranja. Não tem bola de cristal que vai prever se um casamento vai dar certo, também não tem como ler uma folha em branco. A história de qualquer casal é escrita ao mesmo tempo. Todos nós somos laranjas suculentas e redondas, que, em dupla podemos (ou não) dar um belo copo de laranjada. Pra ser degustada a dois.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-24127590108175716002010-09-09T01:35:00.004-03:002010-10-08T16:57:35.722-03:00O que eu também não entendoFoi aí que ela disse: Sabe o que é? São os olhos. As vezes os olhos dele me doem muito. Como um cachorrinho atropelado na estrada: foi inexperiência dele, não tem o que fazer. Mas te dói mesmo assim.<br />Acho que é porque sei que no fundo, compartilhamos a mesma solidão. Tem coisa mais doída pra dividir? Ela me disse tudo isso com olhos molhados, de quem se abraça sempre por dentro, pra se confortar.<br />Eu não sei a resposta das coisas, cada vez mais eu penso que sou mais uma mente perigosa que fica à solta, destilando sentimentos em palavras.<br />Escrevo pra chorar aquilo que não digo pra mim mesmo. Mas já está escrito em mim.<br />Ela me disse tudo isso e chovia muito, e agosto nunca chove. Os tempos mudaram, mas eu nasci velha.<br />E eu te pergunto, se eu insistir, melhora? Acredito que sim. Tenho que.<br />Eu vim até aqui só pra dizer, depois de tudo o que ela me falou. Pra dizer que me dói também os seus olhos. Seus olhos que desviam dos meus quando tento te desvendar. Eu precisei tanto de você, quis tanto. Mas só não entendo por que é que foi descobrir o melhor de mim se não queria o resto. O resto sou eu também. Sou eu fora do contexto de perfeição que você me colocou. <br />Antes de você, eu quebrava tudo que nascia de bonito. Agora meu jardim tá todo lindo e você me diz que não quer mais saber das flores.<br />Enquanto você escapa com escolhas que não são suas, eu vou mergulhar nos olhos que me doem. Um dia te explico o porquê.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-64193549005270074082010-02-04T16:20:00.002-02:002010-02-04T16:27:33.569-02:00Trecho de "Para uma avenca partindo"Como estou sem tempo (e vamos lá, sem paciência) para sentar no computador e transcrever os textos do meu moleskine, aqui, um pedacinho de um texto que mexe muito comigo. O texto se chama "Para uma avenca partindo" do Caio Fernando Abreu(outra vez ele, minha Mar´lene amada!):<br /><br />"Eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende?<br />você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena,rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca,samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco apouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse presa num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço. Eu queria te dizer uma porção de coisas, de uma porção de noites, ou tardes, ou manhãs.<br />Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?<br />É fundamental que você escute todas as palavras, todas, e não fique tentando descobrir sentidos ocultos por trás do que estou dizendo,sim, eu reconheço que muitas vezes falei por metáforas, e que é chatíssimo falar por metáforas, pelo menos para quem ouve, e depois, você sabe, eu sempre tive essa preocupação idiota de dizer apenas coisas que não ferissem(...)"<br /><br />Simples, sensível e profundamente honesto, como tantas vezes nos é difícil ser.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-85746395967453602602009-12-11T15:19:00.007-02:002009-12-11T15:51:21.368-02:00Caio F.<a href="http://bravonline.abril.com.br/imagem/caio-fernando-abreu-bi-g-145.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 330px; height: 250px;" src="http://bravonline.abril.com.br/imagem/caio-fernando-abreu-bi-g-145.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Coisas que me fazem feliz, parte dois.<br />Ler Caio F.<br />Me inspira, me emociona e me deixa orgulhosa da Literatura Brasileira.<br />Deixo aqui minhas últimas descobertas, espero que gostem...<br /><br /><br />"Na terra do coração passei o dia pensando - coração meu, meu coração. Pensei e pensei tanto que deixou de significar uma forma, um órgão, uma coisa. Ficou só com-cor, ação - repetido, invertido - ação, cor - sem sentido - couro, ação e não. Quis vê-lo, escapava. Batia e rebatia, escondido no peito. Então fechei os olhos, viajei. E como quem gira um caleidoscópio, vi:<br /><br />Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe.<br /><br />Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra.<br /><br />Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável.Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. Olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. Mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. Ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.<br /><br />Meu coração não tem forma, apenas som. Um noturno de Chopin (será o número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte, desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. Couro negro, prego e piano.<br /><br />Meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos.<br /><br />Meu coração é um traço seco. Vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. Puro artifício, definitivo.<br /><br />Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se p6os. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais.<br /><br />Meu coração é um anjo de pedra de asa quebrada.<br /><br />Meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. Ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. Rouco, louco.Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.<br /><br />Meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas, macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. Sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. No livro aberto ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: "Im too pure for you or anyone". Não há ninguém nessa sala de janelas fechadas.<br /><br />Meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria. A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.<br /><br />Meu coração é um deserto nuclear varrido por ventos radiativos.<br /><br />Meu coração é um cálice de cristal puríssimo transbordante de licor de strega. Flambado, dourado. Pode-se ter visões, anunciações, pressentimentos, ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de ouro.<br /><br />Meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam destruindo tudo.<br /><br />Meu coração é uma planta carnívora morta de fome. Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheia de gemidos - ai de mim! ai, ai de mim!<br /><br />Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Veja. Levam junto quem me ama, me levam junto também.Faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando pra lua, ruína, simulacro, varinha de incenso.<br /><br />Acesa, aceso - vasto, vivo: meu coração é teu."Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-60936811779895175762009-12-07T16:05:00.003-02:002009-12-07T16:21:19.873-02:00Sobre Lagartas com Asasde Olivia Holsher<br /><br />Tenho pensado sobre a velha história da lagarta querendo ser borboleta. Quanta espera, quanta paciência é necessária. Uma lagarta triste e cabisbaixa sonhando com aquelas asas coloridas e que passa a maior parte do seu tempo preocupada com tons e formas. O mundo esta cheio destas criaturas: pessoas desesperadas por beleza, almejando um ideal que nem sabem de onde vem.<br />Quem nunca fez ou ao menos pensou em fazer algum tipo de intervenção estética que atire a primeira pedra. Homens e mulheres, jovens e velhos, modernos e antiquados. A preocupação excessiva com a aparência começa a se tornar cultural, diria até banal. O corpo-objeto sendo cada vez mais objeto e menos gente. Perdemos assim a humanização do corpo, e tudo aquilo que chamamos defeitos. Aqueles sinais que nos fazem tão únicos começam a perder o sentido num mundo onde todos querem parecer iguais demais. Foi-se o tempo em que sardas, pintas e formas eram “charmosas”.<br />O ideal de beleza muda conforme os tempos. O que não muda é a historia da lagarta e da borboleta. A metamorfose. Só que no caso dos humanos, o preço pelo vôo pode ser caro demais. Cada vez mais vejo mulheres morrendo em mesas de cirurgia em nome de uma afirmação que nunca virá. A idealização do que possa ser perfeito ultrapassa o respeito pelo corpo, respeito pelo tempo. Rostos plastificados, silicones excessivos, banalização do vulgar. <br />Sinto falta de uma metamorfose interior, um aflorar de respeito e carinho. Falta de bons dias, sorrisos no elevador, conversas que ultrapassem a receita novela-tragédia-auto-ajuda. Alguém, por favor, abre aí uma clinica de embelezamento da alma! <br />Ser a favor da vaidade não é a mesma coisa que fazer dela um propósito de vida. As academias estão cheias de mulheres lindas, saradas e ignorantes. Os bares e as festas estão repletos de belos rostos e espíritos pobres. Um dia um amigo meu chegou a dizer que não importava que a menina não tivesse conteúdo, o importante era a “barriga tanquinho” que ela tinha. Não estou sugerindo que se fale de Dostoievski em plena danceteria. O fato aqui é: quem lê Dostoievski? Cadê as discussões literárias, a troca de experiências, a reflexão sobre os rumos que a humanidade toma?<br />A quantidade crescente de meninas desenvolvendo bulimia e anorexia também é gritante. Borboletas insatisfeitas, morrendo lentamente sob a pressão de serem aceitas. Coloridas por fora e monocromáticas por dentro.<br />Então decidi que se houvesse uma clínica de embelezamento da alma haveriam sessões de filosofia, aulas de gentileza, massagens culturais. E tudo indolor, ao preço simples de respirar e refletir, sem que seja o reflexo do espelho. E ainda assim passar o creme anti-rugas antes de dormir, sem medo de que a alma fique enferrujada.<br /><br />PS: Esse é o texto que ganhou em 3o lugar no I Concurso de Crônicas da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto no dia 11 de novembro, foi praticamente o Oscar pra mim!rs Certificado na parede e dinheirinho na poupança literária! =D<br /><br /><a href="http://heitorzinho.com/wp-content/uploads/2008/07/sweet-rainbow-butterfly-face-paint.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 330px; height: 400px;" src="http://heitorzinho.com/wp-content/uploads/2008/07/sweet-rainbow-butterfly-face-paint.jpg" border="0" alt="" /></a>Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-19890696533107387372009-12-07T15:07:00.003-02:002009-12-07T15:50:04.731-02:00O vírus do AmorCoisas que me fazem feliz, parte um.<br />O que mais me interessa quando vou fazer uma entrevista: a história. Odeio ir atrás das fontes " oficiais ". São tediosas e na maioria das vezes seguem um roteiro que você encontra em todos os jornais da cidade, do país. Sim, elas são confiáveis. Mas extremamente desinteressantes. <br />Nada como uma entrevista que te envolva, aquela que te estampa um sorriso na cara. Nada como se deparar, num mundo tão cheio de notícias "oficiais" ruins, com uma história real e encantada, no sentido de que andamos muito desfalcados de notícias boas. Não sei se isso me deixa menos jornalista. Mas me faz mais humana.<br />Foi por esse ponto de vista que escolhi o tema da minha matéria especial de fim de semestre: a Associação Síndrome do Amor. Quando entrei na Casa do Cuidador, eu era uma estudante em busca de fontes. Quando eu saí, eu era uma estudante com muito mais que uma história nas mãos; eu tinha um coração infectado.<br />A história da Marília, presidente da Associação, já dava uma matéria e tanto. Pra mim, foi como receber uma recarga de energia positiva(fim de ano me desvitaliza), ela é aquela pessoa que te abraça com um sorriso. O orgulho com que ela fala do filho, portador da Síndrome de Edwards, que morreu aos 17 meses de idade, é o tipo de sentimento que muitos pais de filhos sadios e vivos não têm. Amor incondicional, tão nítido, que por um momento senti que podia tocar nesse amor, como se fosse concreto, tão sólido ele é. <br />O carinho da equipe toda, o calor, a disposição de simplesmente fazer o bem a alguém que sofre. Não precisa dinheiro, não precisa presente. Ali o pagamento é em abraço, em "obrigados", em palavras. <br />A mãe do Thales podia ter desistido de tudo, se conformado com o diagnóstico dele e seguido em frente. Mas ela escolheu ficar. Escolheu amar. E depois que ele virou "estrelinha" como ela mesmo diz, fez com que a vontade de viver do filho se trasformasse na Síndrome do Amor. Mais do que isso: ela encontrou no uso positivo da Internet, o caminho para a superação da sua dor. E contagiou o mundo. Esse é o tipo de vírus que eu desejo a todos. O vírus do amor.<br /><br />OBS: Pra quem não entendeu bulhufas do que eu falei, dá uma olhadinha em www.síndromedoamor.com.br e visite-os!<br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/Sx1AOJ5817I/AAAAAAAAADo/PyMmAspRKA8/s1600-h/logoversaosem1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 232px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/Sx1AOJ5817I/AAAAAAAAADo/PyMmAspRKA8/s320/logoversaosem1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412552939090532274" /></a>Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-39446368705172324482009-10-14T01:48:00.001-03:002009-10-14T02:00:05.350-03:00Coração no casulo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/StVZpAKYF9I/AAAAAAAAADQ/JsYhBc8JiuY/s1600-h/11461casulo.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/StVZpAKYF9I/AAAAAAAAADQ/JsYhBc8JiuY/s320/11461casulo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5392314689799067602" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CUsers%5CTOSHIBA%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;"><span style="font-family:Arial;">Voando por aí percebi que, mesmo sendo borboleta, tinha eu um coração de lagarta. E voei pra bem longe do meu lugar comum em busca de algo que me alimentasse. Sinto fome o tempo todo e nunca fico satisfeita. Fome de saber, de conhecer, fome de amor. Penso que sempre fui tão preocupada em ser uma borboleta que me esqueci de perguntar como é que acontece a metamorfose mais importante: da alma. Nunca perguntei pra minha mãe e agora é tarde. Ela anda por ai, em jardins distantes, buscando um tipo pólen que também não sei se ela vai achar. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;"><span style="font-family:Arial;">Estranho, muito estranho. Você nasce lagarta, feia e viscosa e passa o tempo todo pensando em como é ter asas e ser colorida. Eu pensava nos tons e cores que eu poderia ter. Nunca imaginei me sentir tão cinza, como nunca na vida. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;"><span style="font-family:Arial;">Sabe o que é? De repente me dei conta que passei anos querendo voar por ai e aí olho pra lagartinhas enroladas em outras lagartinhas e tenho vontade de chorar. Se bem que nunca quis ser uma daquelas borboletas presas em alfinete também. Conheci um vagalume uma vez, sabe como é. Ele tinha um brilho que eu nunca consegui explicar. Eu quis que ele ficasse comigo pra sempre. Mas ele me disse que vagalumes duram somente uma noite quando são presos em caixinhas de fósforos. Sempre tive medo de perder meu brilho assim, dentro da caixa de fósforos dos outros. Sou uma borboleta noturna, acredite. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;"><span style="font-family:Arial;">Tenho essas asas lindas e coloridas, tão bem delineadas em tons de vermelho-carne e amarelo-ouro, passando até pelo azul e o violeta, com pontinhos brancos salpicados que mais parecem diamantes. O que eu tenho aprendido nos jardins que tenho freqüentado é que de repente a cor nem é tão importante se, por exemplo, você se apaixona por uma borboleta daltônica. Ou se é uma lagarta cega. Tá bom, não deve existir lagarta cega. Mas eu conheço algumas que vêem muito, mas não enxergam nada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;"><span style="font-family:Arial;">Eu acho que as outras borboletas têm a mesma dúvida. Tem até uma amiga minha, uma autêntica <span style="">Pierídeos, que passa por longas fases num casulo que ninguém vê. Tem outra que acha que quanto mais jardins você freqüenta, mais se torna bela. E até tem aquela que ainda nem virou borboleta porque morre de medo de deixar o casulo. Da minha parte, uma borboleta colorida e toda confusa, eu posso assegurar que a única parte que ainda escondo no casulo é meu coração. Esperando que na próxima primavera ele esteja pronto pra voar também. Enquanto o coração não floresce, vou à procura de desabrochar a alma, me alimentando de liberdade, palavras e sorrisos. E experimentando novos tipos pólens, que vamos lá, isso nunca fez mal a ninguém. </span><o:p></o:p></span></p>
<br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;"><span style="font-family:Arial;"><span style=""></span><o:p></o:p></span></p> <span style=";font-family:Arial;font-size:12;" ><span style=""><span style="font-size:100%;"></span>
<br />
<br /></span></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/StVZpiM06VI/AAAAAAAAADY/cSUjz-8yIo4/s1600-h/borboleta.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 247px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/StVZpiM06VI/AAAAAAAAADY/cSUjz-8yIo4/s320/borboleta.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5392314698936150354" border="0" /></a>
<br />Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-57026623105046652822009-09-02T22:46:00.000-03:002009-09-02T22:50:16.806-03:00Jornalismo e Literatura: Feitos um para o outro?Vivemos tempos estranhos. Tempos onde os limites se fundem, onde não existe mais o certo ou errado, preto ou branco. Existe chumbo, off-white, preto sépia, branco acinzentado. Tudo se justifica. Difícil escolher com tantos tons e nuances diferentes. Mais difícil ainda saber o limite entre realidade e ficção num mundo tão possível como nosso. Possível? Sim, há possibilidades. Assim surgiu o Jornalismo Literário, primeiramente sorrateiro, para então se transformar em gênero campeão de vendas. Mas na fronteira entre o fato jornalístico e a literatura, de que lado ficamos? <br />O jornalismo literário tem uma linguagem híbrida que atrai o leitor. Essa mistura de realidade com literatura é interessante, pois retrata a sociedade e os seus acontecimentos triviais. Como disse Arbex Jr., a narrativa de não ficção “bebe da fonte dos acontecimentos históricos” e para isso é imprescindível que exista qualidade de fatos. Mas é a beleza da linguagem literária que imortalizou obras como Hiroshima ou A sangue frio.<br />Hoje, a blogosfera voltada para novas idéias e pequenas publicações se assemelha aos jornais pequenos do séc. XVIII, onde a profissão de jornalista e escritor andavam juntas. Com a necessidade de se escrever sobre a vida como narradores ativos e não simples observadores, o jornalismo se consolidou como gênero literário na década de 30. Recessão, Guerra Civil Espanhola. Todo jornalista é escritor e todo escritor se torna jornalista. <br />A paixão pela literatura vem de berço. Mas como ter paixão em um país onde somente 20% são letrados e dos quais só 10% são capazes de extrair sentido do que estão lendo? <br />Penso que seja difícil produzir literatura a partir de fatos que são distorcidos pela mídia que monopoliza o que é veiculado. Esse gênero jornalístico não se utiliza muito de estatísticas e alguns podem achar que isso já o descaracteriza como jornalístico. Mas é principalmente por vivermos um momento de “showrnalismo” que a literatura pode vir como arma contra a alienação. Se a paixão pela literatura não vier do berço, que venha do dia-a-dia, das histórias que acontecem ao nosso redor. O incentivo de narrativas onde a não-ficção reina pode servir como passaporte para uma literatura cada vez mais esquecida. Não precisamos todos ser Saramagos, Balzacs ou Capotes. Mas pelo menos saibamos algo sobre suas obras e que seja reconhecida a importância delas para o Jornalismo e para a Literatura. Se existirá fronteiras entre realidade e ficção, não sei dizer. O jogo é o mesmo, para jornalistas e escritores: seduzir. Nada é mais prazeroso do que um texto bem escrito. A sedução das palavras é fundamental. E em tempos tão possíveis, o jornalismo literário vêm como um presente para que haja pausa no imediatismo e se abra uma brecha à reflexão.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-56960202124429862582009-08-15T01:58:00.000-03:002009-08-15T01:59:38.559-03:00Parada Obrigatória - texto de Ailin AleixoÀs vezes a distância é a melhor coisa que pode acontecer<br /><br />Na guerra ou na vida, períodos de recuo são essenciais em qualquer boa estratégia. Ou simplesmente acontecem, atropelando nossa vontade-mesmo assim, continuam sendo estarrecedoramente úteis (depois de passada a raiva por termos sidos detidos na marcha, claro). Eles nos forçam a enxergar a situação sob outro prisma, com mais frieza e, por isso mesmo, de forma mais acertada e isenta dos erros de julgamento que a intensidade e a bile nos levam a cometer (o significado do ditado chinês "o lugar mais escuro é sempre debaixo da lâmpada" tornou-se, de repente, tão claro para mim como areia em dia de sol).<br /><br />O grande barato de, vez por outra, nos distanciarmos do que é nos importa é sentir o que esse redimensionamento nos causa. E seja ele qual for, a retomada nunca é insípida: ou nos faz enxergar a placa de "rua sem saída" que teimávamos em não ver ou, feito polimento em prata, devolve o brilho ao que o tempo havia enegrecido. Talvez por isso alguns casais só se entendam depois de uma separação: a dor, a sensação de ficar sem centro gravitacional, não ter mais ali ao lado quem se ama, pode provocar verdadeiros milagres na dinâmica de uma vida em comum (e na vida solo). Mas não podemos contar com milagres, precisamos da razão. O problema é que nossa suposta sapiência tende a sub-avaliar o que se tem ou (talvez seja pior), exagerar na importância e, se quisermos ser felizes, é inútil proclamar independência emocional ou tornar-se escravo das paixões. Qualquer extremismo nos isola-e, curiosamente, é só dando um pequeno mergulho na solidão que compreendemos o valor do que nos rodeia e mora dentro de nós.<br />Tente um Monet<br /><br />Depois de sofrer feito o cão por encarar tudo na base do oito ou oitenta, fiz um pacto comigo mesma: jamais levaria coisa alguma a ferro e fogo porque nada importa tanto. Absolutamente nada é imprescindível. Nem ninguém. Esse não é um discurso de auto-suficiência, pelo contrário, é uma reflexão de alguém que aprendeu na porrada (ou melhor, no choro) que só relativizando, tornando a existência e o coração mais leves, é que se pode ser feliz e, então, ser feliz com alguém. Pare de arrastar correntes, levar tudo tão a sério: a única coisa que você vai conseguir é uma úlcera. Cuide de quem ama mas não faça disso o objetivo da sua vida porque ficará, inevitavelmente, frustrado quando não tiver deles o que deu pra eles. Ou não tiver deles o que você ACHA que eles deveriam devolver. E será bem feito: você fez o que quis, porque quis, então não venha reclamar o troféu. Não existe prêmio para quem doa amor. Por isso, distanciar-se deveria ser uma tarefa cotidiana: evitaria que fôssemos sugados pelo redemoinho que sempre começa logo ali nos nossos pés, mas estamos ocupados demais pra ver. Evitaria que exercêssemos de forma tão eficaz, e perigosamente despercebida, nossos piores defeitos.<br /><br />Quando algo começar a te enlouquecer, enfernizar ou surtar, use a técnica dos grandes admiradores de arte: recue diante da tela, mude de ângulo em relação a ela, observe as cores, os traços e os detalhes que, na correria, sempre passam despercebidos. Então notará que ela é muito mais do que aquele ponto preto que ficava, insistente, diante dos seus olhos.<br /><br />Ser feliz, no final das contas, não é questão de sorte ou azar. É questão de perspectiva.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-91612447282643771992009-08-09T14:30:00.000-03:002009-08-10T01:07:45.483-03:00Aquele sobre merthiolates e espinhosNão acredito em insensibilidade. Acredito em medo. Não acredito em maldade. Acredito em raiva não elaborada, em ódio. Acredito em mágoa, na mesma intensidade em que acredito em crescimento. Todos os sentimentos básicos, enraizados. Somos seres evoluídos perante a ciência, mas quando falamos em sentimentos, somos atrasados. Você sabe pedir prazos e preços mais baixos mas não sabe pedir perdão. Você é um excelente negociante mas é um péssimo ser humano. Dois lados, yin e yang. Você pode lutar contra a corrente se quiser. Pode deixar ser levado por ela, tanto faz. Acredite: no final, é você contra você mesmo. Sempre.<br />Calma lá, também acredito no amor. Na gentileza. Na coragem. E por incrível que pareça acredito, principalmente, na perseverança. Porque, diante todas as coisas que eu vejo, o complicado é continuar acreditando. <br />É dificil pedir ajuda. Significa, na sociedade, que falhamos e somos fracos, e claro que ninguém aqui quer ser fraco. Muitas vezes sou assim, ferindo para não ser atingida. Criando espinhos. E acabo sangrando sem ninguém para me dizer "quando casar sara", mesmo eu sabendo que não é bem assim. Você precisa de alguém que te diga que merthiolate não arde, alguém pra soprar quando arder. Você precisa, simples assim. <br />As vezes eu tenho preguiça de certas pessoas. Tenho preguiça até de mim mesma. Mas nada me dá mais cansaço do que insistir na infelicidade. Não tenho pena, nem dó. Tenho preguiça! Não sei em que ponto da vida esquecemos de pedir uma mãozinha amiga. É fácil confundir um "pedir colo" com desespero e carência. Não queridos, não sou um ser superior super-zen-fantástico que diz "preciso de você agora, me abraça" como quem pede um Big Mac. Muito longe disso. Só que eu afirmo: é um aprendizado possível. E eu vou continuar estudando, até passar no teste. As inscrições estão sempre abertas. Se eu continuar sendo reprovada, você me ajuda?Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-69753740740920974042009-08-02T10:10:00.000-03:002009-08-02T06:10:35.330-03:00Cheers in the shower<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/SnVXZOnVYWI/AAAAAAAAADA/R93zOI6w9A8/s1600-h/timtim.jpe"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_rwJA8WsMkjI/SnVXZOnVYWI/AAAAAAAAADA/R93zOI6w9A8/s320/timtim.jpe" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5365290622013235554" /></a><br />Hoje eu cheguei à conclusão de que as melhores idéias sempre chegam na hora em que estou tomando banho. Idéias boas, ruins. Loucas, sensatas. Às vezes saio chorando do box. Outras vezes saio louca para escrever sobre aquilo. Essa noite por exemplo: liguei o chuveiro pensando em pessoas que se perderam de mim, pessoas que eu quis muito por perto. E enquanto eu verificava a temperatura da água( e dos meus sentimentos) pensei naquelas pessoas que já considerei rivais, inimigas, desafetos. Como preferirem. Esses seres existem nas nossas vidas, gostemos ou não. Foi regulando meu banho, durante a passagem do pelando-de-quente para o confortavelmente-quente que eu me dei conta do quanto essas pessoas foram e são importantes para o meu crescimento pessoal.Com elas eu aprendi a ser mais paciente; mais amorosa; mais corajosa; aprendi a me livrar de muitas amarras que me foram impostas socialmente durante o que eu chamo de vida. Das pessoas que me quiseram mal, tirei o melhor. Aquelas para quem eu desejei mal, me perseguiram noites a fio. Aquilo que odiamos em nós mesmos é sempre ainda mais odiável no outro. Enquanto fechava meus olhos, sentindo a água escorrer, senti que ia escorrendo também alguns dos meus preconceitos, minhas inseguranças. Acreditando que se não fosse aquela pessoa que eu tanto desejei nunca ter acontecido na minha vida, eu não estaria debaixo de um chuveiro pensando no tipo de cidadã que eu quero ser. No quanto eu já errei e acabei colocando a culpa num destino que nunca teve nada a ver com isso. Que tenhamos humildade e capacidade para reconhecer nossas falhas e nossas necessidades, e que aqueles que nos incomodam e que nos querem ver por trás tenham o gosto amargo do que mais temem: nosso próprio sucesso. Aos que desejaram, por um segundo que seja, a minha queda, um brinde. É devido à sua existencia que sou uma pessoa cada vez melhor, cada vez mais completa. Obrigado por isso. Tim-tim.Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4434285598675834710.post-6864084571919862012009-08-02T06:19:00.001-03:002009-08-02T06:30:58.875-03:00"Now that she's back in the atmosphere<br /> With drops of Jupiter in her hair<br /> She acts like summer and walks like rain<br /> Reminds me that there's a time to change<br /> Since the return of her stay on the moon<br /> She listens like spring and she talks like June..hey hey.."<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.marieclaire.com/cm/marieclaire/images/MCX0707FAMIAMI008-med.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 312px;" src="http://www.marieclaire.com/cm/marieclaire/images/MCX0707FAMIAMI008-med.jpg" border="0" alt="" /></a>Patricia A. Benedettihttp://www.blogger.com/profile/08884656223617443273noreply@blogger.com0