Coisas que não vemos mas sabemos existir. Desejos e histórias que nascem e morrem num piscar de olhos. Palavras de um cérebro que sente e um coração que pensa. Eu nunca vi uma estrela cadente e mesmo assim procuro por ela todas as noites.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Conversa-fantasma

- Oi.
- Oi.
- Achei que não fosse mais te ver.
- Eu fiz o possível pra que isso não acontecesse.
- Ah.
- Mas agora tudo bem, já passou.
- Hum.
- Tá tudo bem.
- Você não sente mais minha falta?
- Acho que sim. Ás vezes sinto muita. Da voz, de falar que te amava no final de cada ligação. Sinto tantas faltas. De ser abraçada e me sentir protegida. Sinto falta de um cheiro familiar, os olhos fechados, a pele morna. De estar em um momento que dura pra sempre. De projetar o melhor de mim em você.
- Mas e de mim, não?
- Sinto falta do que eu era quando estava com você. Do sentimento de completude, eu sentia que tinha tudo que precisava.
- Hum.
- É, acho que não sinto mais sua falta. Sinto falta de mim.