Coisas que não vemos mas sabemos existir. Desejos e histórias que nascem e morrem num piscar de olhos. Palavras de um cérebro que sente e um coração que pensa. Eu nunca vi uma estrela cadente e mesmo assim procuro por ela todas as noites.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Pílulas Escritas

Que acabe o que precisa acabar.
Que morra o que precisa morrer.
Que continue o que merece continuar.
Que viva o que insiste em viver.
Amém.

Talita Prates

Assim como as estações, as mudanças são inevitáveis.

Até encontrar o sentido é preciso trilhar, independente do resultado.

O blog muda de nome, mas não muda o conteúdo.

Se uma cadeira deixa de se chamar cadeira, ela deixa de ser uma cadeira?

Se você não vê fisicamente uma coisa mas acredita, ela deixa de existir?

Assim como as estrelas cadentes, esse blog pra mim é uma possibilidade. De desejos, sonhos e idéias que insistem em sapatear na minha cabeça.

Por essas e outras, o espetáculo da vida continua....

;)

sábado, 11 de maio de 2013

Cartas de gaveta - Volume 1


Meu quarto, 04 de Julho de 1995

Lembra o que eu te disse sobre idealizações, orgulho e coisas que só existem na nossa cabeça?
Então, quero te contar uma história. É sobre duas pessoas que são incrivelmente parecidas em quase todos os aspectos. É sobre dois amigos que vivem no cabo de guerra, se alfinetando, se provocando e ao mesmo tempo se incentivando, compartilhando. Uma história sobre duas pessoas que lutam para não acreditarem que no fundo existe um desejo, uma curiosidade, uma vontade de cruzar a linha e vencer o cabo de guerra: os dois vencem. Essa história é sobre eu e você. 
Seguimos caminhos separados e paralelos. Idealizamos as pessoas que no fundo, sabemos que não são pra gente. E talvez tenhamos medo do que a gente mais quer na vida. Somos orgulhosos porém acreditamos no amor. Na entrega, no companheirismo, na amizade, no desejo, no tesão. Temos sintonia, nos entendemos no olhar e somos mal-humorados. E adequadamente maldosos com os outros (já te falei para parar de me olhar daquele jeito).
O problema dos cabos de guerra é que alguém precisa ceder e ”perder”. E eu sinto que cheguei num ponto em que não quero ganhar de você, mas quero ganhar você, de presente, pra mim. Inteiro. 
Creio que existem duas vontades, mas preciso que você dê esse passo e me diga que não estou louca. E aí eu largo o meu lado do cabo e corro para o abraço (o seu).
Isso tudo faz sentido ou fiquei louca de vez?
Se estiver errada, significa que queremos coisas diferentes. Não só da vida, mas um do outro. E eu prefiro deixar a guerra inteira a competir por uma metade amputada. Eu sempre vou amar você. Foi importante pra mim, chegou em hora importante e por um tempo saiu da minha vida mas nunca do meu coração. E quando você voltou, tinha um lugar muito mais bonito que é só seu. Independente do que acontecer, carinho assim não acaba de uma hora pra outra. Fica a lembrança, o sorriso largo no rosto quando lembrar de você. E sigo em frente, feliz por não ter sido covarde com o que pulsa aqui dentro. Porque sempre haverão outras pessoas, outros amores e outras possibilidades e sei que seremos felizes apesar de nós. Mas eu espero que a gente seja feliz por causa de nós.
Te pergunto: Fica comigo?
PS: Você pensa demais.