Coisas que não vemos mas sabemos existir. Desejos e histórias que nascem e morrem num piscar de olhos. Palavras de um cérebro que sente e um coração que pensa. Eu nunca vi uma estrela cadente e mesmo assim procuro por ela todas as noites.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Era uma vez, 17 cavalos marinhos de 496 léguas distantes


Querido Príncipe,
Lembro da primeira vez que te vi. Você, lindo e loiro naquele cavalo. Nunca me esqueço, um mustangue branco puro sangue. Parecia uma pintura saída dos meus sonhos. Nossa Príncipe, já imaginei nós dois, em um dos famosos bailes reais, dançando ao som de Billie Holiday. Vou te dizer uma coisa, cheguei a bambear as pernas com essa cena. Eu devia ter suspeitado que junto com tanta beleza devia haver alguma maldição.
Principe, meu bem: neném, baby não são apelidos carinhosos para uma princesa que voce conhece há 2 horas. Ah, mas o sorriso, a beleza. Que sorte a sua.
Eu cresci numa torre alta e isolada te esperando, ouvindo histórias sobre voce e com a esperança de que mesmo contra todas as probabilidades o sapo virasse príncipe. Não era pra ser o contrário. Nunca tinha visto um príncipe falar como sapo. Se eu soubesse, teria cortado minhas tranças pra que você nunca conseguisse escalar aquela droga de torre.
Hoje te escrevo para te parabenizar e para agradecer. Parabenizar por ser tão fiel aqueles filmes idiotas sendo um fracassado, ao invés de interpretar um. Parabéns pelo cavalo de sangue real que voce ganhou do seu pai por superar os níveis de babaquice, tão aclamados por ele. Obrigado por tentar me agradar. Voce tem lá seus momentos. Mas olha, fica o conselho: Princesa não curte filme pornô, nem apelidos estúpidos, nem mentira deslavada. Apesar de conhecer uma ou outra desesperada que aceite. Obrigado por tornar tão fácil a minha recusa ao seu pedido de casamento.O feliz pra sempre pode até estar distante mas o importante é que seja longe....de você.

Nunca sua,

Princesa

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